Sem água nas torneiras, moradores da cidade na fronteira com a Venezuela buscam água em poços artesianos públicos. O Ministério Público de Roraima (MPRR) abriu um procedimento para apurar o problema no serviço de distribuição em Pacaraima, um dos municípios roraimenses afetados pela seca. O procedimento foi aberto pelo Ministério Público de Pacaraima, que enviou um ofício à Companhia de Águas e Esgotos de Roraima (Caer), responsável pelo abastecimento de água. A cidade, que abriga mais de 19 mil pessoas, não tem água encanada e os moradores têm dificuldade até para tomar banho. No documento, o MP pediu informações sobre a distribuição de água na cidade e as medidas tomadas pela concessionária. Por causa da seca, que é agravada pelo fenômeno El Niño, o início das aulas na rede municipal foi adiado e a falta de água também afeta o único hospital da cidade. A 215 quilômetros da capital Boa Vista, Pacaraima é um dos nove municípios em situação de emergência devido aos efeitos da seca em Roraima. A cidade conta com 13 poços artesianos públicos, mas, por conta da seca, houve queda no acúmulo de água no lençol freático e as bombas não conseguem captar e distribuir. Com isso, a Caer vem distribuindo água por meio de um único caminhão-pipa, mas o serviço atende apenas 7 dos 11 bairros da cidade. Segundo a empresa, o caminhão-pipa passa duas vezes por semana e cada casa é abastecida com até mil litros de água.

Fonte: Agência Amazônia

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